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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Instrumento


Amar a música não é simples e nem tão comum quanto parece ser.
Muita gente acredita e afirma um amor pela música. Pode ser aquele amor por uma música específica, como um tema de novela que faz lembrar um momento de nossa vida, ou uma canção da infância, etc.

Há também aquele amor pela música restringindo-se a esse amor apenas um estilo musical, como por exemplo os amantes de heavy metal, ou os amantes do sertanejo. mas existe um amor que, tenho pra mim, é incondicional, é incontrolável, insaciável e inevitável. Um amor que não precisa ser assumidamente escancarado. Um amor geral pela música.

Talvez aquele amor que não pensa música como uma ciência exata, nem como algo material e físico como um disco de determinado artista ou o som de um instrumento específico. Música é mais que isso.

Como explicar um compositor genial ser surdo? Como conceber a idéia de conseguir tocar sem as mãos? Como acreditar na hipótese de pessoas se curarem de síndromes e doenças por meio da música, ou de terapias que utilizem música como principal ingrediente de sucesso na recuperação de pacientes?

Somente um amor muito intenso para convencer milhares de pessoas de que vale a pena uma preocupação com afinações de notas e acordes, com o cumprimento certo dos valores de semínimas, colcheias e semicolcheias, com dinâmicas e articulações, etc.
Um grande amor que contagia a todos. Motiva a vida de muitos músicos apaixonados pelo ofício. Transforma vidas, não apenas de quem ouve, mas talvez principalmente de quem faz música. De quem faz músicos.

Amar a música talvez seja como amar a Deus, pois não é um amor ciumento, do qual queremos senti-lo com exclusividade. Quem ama a música geralmente se esforça para que outras pessoas a amem o tanto quanto.

Que os amantes da música, assim como eu, a amem cada vez mais e que contagiem esse amor como uma abelha polinizadora. Sejamos como as abelhas. Espalhemos o pólen da música por onde passarmos e assim, favoreceremos para que novos jardins se encham de perfumes e cores, também nosso mel será mais puro e saboroso.

Senhor, faz de mim
instrumento de tua música
Onde há silêncio
que eu leve o si.
Onde houver dor
que eu leve o dó.
Onde há a lágrima
que eu leve o lá.
E onde houver trevas
que eu leve o sol. ( Poema de Carlos Brandão: "Musicar" 2005. SP )

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O tempo perguntou pro tempo: Quanto tempo o tempo tem?


É...
Hoje por acaso resolvi fazer uma visitinha em meu próprio blog e me dei conta que a última postagem que fiz foi no dia 3 de Fevereiro deste ano... o dia que provavelmente eu nunca irei esquecer, pois este dia marca o início de uma nova fase em minha vida.

Uma fase de ter cada vez mais certo que eu nunca quero parar de aprender, pois me tornei professora, e com isso estou a cada dia adquirindo mais aprendizagens.

Percebi que o tempo passou... e eu nem percebi que não abro este blog há um bom tempo...

O tempo é uma palavrinha frequente nas reclamações diárias das pessoas, podem reparar... muitos dizem não ter tempo para nada, ou que o tempo não passa até que chegue a sexta feira, ou que não vêem a hora de tirar férias, etc...

Nessa aproximação do fim de ano, parei para pensar a respeito do tempo que se passou, do que eu fiz nesse tempo e do que eu não fiz, seja por falta de tempo ou por mal aproveitamento do mesmo, e constatei que o tempo não passou tão rápido, o tempo soube nos dar as oportunidades de fazer aquilo que era realmente necessário, por esse motivo temos a impressão que o tempo voou, mas na verdade fomos nós que voamos no tempo, porque realmente fizemos coisas necessárias, importantes e que se solidificarão.

Se você sentiu que não teve tempo pra fazer alguma coisa, é porque certamente estava fazendo outra que julgou ter prioridade em relação a outras tantas coisas que poderia ter feito.

Lembro-me que na virada deste ano fiz um pequeno planejamento do tempo que teria até chegar o fim do ano novamente, mas... felizmente não tive tempo suficiente para fazer o que planejei. Digo felizmente porque isso é algo muito bom! Eu havia planejado escrever neste blog pelo menos quinzenalmente, mas priorizei escrever os trabalhos da minha pós graduação, bem como ler os diversos autores que compõem os módulos do curso.

Havia planejado voltar a estudar saxofone, flauta transversal e harmonia, mas priorizei outra Harmonia... a escola em que sou professora efetiva do ensino fundamental na cidade de Igaratá. ( EMEIF Rural Bairro Harmonia)

Outro tópico que fez parte do meu planejamento era enviar currículos e projetos para educação musical, mas não foi possível pois me dediquei a trabalhar como professora de música nas escolas do município de Igaratá, e na Orquestra Jovem de Jacareí.

Enfim... priorizar é o fundamental.

Não se preocupem com o que os outros pedem para que você priorize. Priorize o que você considerar melhor, e os outros certamente reconhecerão que suas prioridades foram muito mais importantes do que qualquer outra coisa, pois o que se prioriza, é feito com mais amor, e o que é feito com amor é reconhecido.

Mas lembre que o tempo para que algo seja reconhecido não somos nós que escolhemos, é o tempo que sabe ao certo quanto tempo o tempo tem.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Hino à Cidadania


Oh Pátria amada e idolatrada
Salve, salve essa gente
Que teve a casa inundada
E hoje vive como indigente

Que às margens plácidas
Seus lixos despejaram
E com mentalidade flácida
Não se conscientizaram

Povo que não é heróico
Mas tem o brado retumbante
Não querem cumprir seus deveres
Mas exigem seus direitos num instante

Só querem que o sol da liberdade
Com seus raios fúlgidos não deixe de brilhar
Mas na hora de melhorar nossa cidade
Sempre dão um jeito de escapar

Brasil de um sonho intenso:
Que o nosso céu risonho e límpido um dia
Cubra esse país lindo e imenso
De um povo que faz cidadania.