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terça-feira, 18 de maio de 2010

Pedagogas também fazem música !!!

Realmente uma sábia decisão. Colocar a disciplina "Movimento, Música e Artes Visuais" no ultimo período do curso de Pedagogia é fantástico. Ministradas pela Profª Mayra, as aulas são muito dinâmicas, divertidas, diria também harmoniosas.

Quando chega a reta final de um curso de graduação, nós, humildes formandos, ficamos ansiosos, preocupados, e muitas vezes até desesperados! Essa aula é a nossa terapia em grupo, não desmerecendo o conteúdo, mas pelo contrário, enaltecendo ainda mais a riqueza dos momentos musicais, e a real importância das aulas de música.

Conceitos como Altura, Duração, Intensidade, Timbre, são absorvidos com grande facilidade quando nos deparamos com aulas de boa qualidade como as que temos em nosso curso. Não é necessário recorrer a nenhum Bohumil ou Priolli para que fique bem claro no entendimento dos alunos as características principais da música e como isso tudo é utilizado na prática.

Nossas aulas de música tiveram início com o treino de nosso "ouvido sensível", que nada mais é que escutar músicas e saber escutar, saber ler o que está registrado na música. Fizemos isso com Villa Lobos, no Trenzinho do Caipira, com Wagner na Cavalgada das Valquírias, com Vivaldi nas Quatro Estações, com Chico Buarque em Construção e Vai Passar, e poderíamos fazer com qualquer música. Confesso que eu passei a ouvir muitas das músicas que ouço até com frequencia de forma diferenciada, com mais atenção ao que a música diz.
E o que é mais legal nisso tudo é que não é nada maçante, por obrigação... pelo contrário é bem natural e divertido.

Quando confeccionamos nossos instrumentos, tivemos a mesma experiencia e sensação da criança quando constrói seus brinquedos, e nas aulas que utilizamos os instrumentos nos esbaldamos como crianças, batucando com a nossa bandinha. Não pense que isso é bagunça não, a música nos proporciona a autodisciplina. Existem momentos de maior euforia, mas sempre nos localizamos em relação à musica que tocamos, ao ritmo que executamos.
Isso para as crianças é mágico e encantador. Não há mistérios na aprendizagem musical, só é preciso considerá-la como algo prático e dinâmico. A criança precisa fazer a música acontecer, em todos os aspectos, como ouvir, construir, tocar, cantar.
Nas atividades em grupo a criança desenvolve a concentração, a disciplina. Não é necessário, ou talvez nem correto que o professor faça inervençoes chamando a atenção de algum aluno que esteja brincando ou que estaja fora do ritmo, pois como havia dito, a música é autodisciplinar, o proprio aluno irá se concentrar na atividade, talvez com a intervenção dos colegas ou simplesmente com a sua atenção ao som produzido.

Sou uma defensora da idéia de que a música é algo muito legal pra ser ensinada de forma chata. Música clássica não dá sono, Bossa Nova não é triste, Musica Infantil não é irritante. Cabe a nós, conhecer o que se está trabalhando e valorizar as aprendizagens de nossos alunos, partindo de exemplos tão valiosos como as aulas de música da profª Mayra para a turma da Pedagogia na Univap.